domingo, 23 de agosto de 2009

ENTRE O ALTAR E A PORTA Estou andando à procura de soluções para o meu problema, tenho 20 anos filha de mãe solteira, não terminei se quer o ensino médio e acabei de perder meu quarto namorado, ele me traiu com uma de minhas amigas.Passando por essa rua avistei o templo, resolvi entrar, procurei um assento bem ao fundo sente-mi, ninguém me viu, nem sei se Deus me via, isso se repetiu por dias, mas ninguém me via. Ali sozinha ouvia sobre algo melhor, maior, sobre uma vida nova e abundante, estava feliz achando que logo eu teria tudo transformado em minha vida, comecei até a achar que Deus me via. Até que um belo dia, alguém me viu............... Terminou a reunião, eu estava cheia de felicidade, tudo era diferente, alguém me viu, conversei, contei meus sonhos e decepções e quando achei que alguém me ajudaria, percebi que estava diante de mais uma frustrante experiência com o ser humano. Aquele senhor de meia idade que mais me fazia lembrar o pai que nunca tive, lançou palavras tão duras, dizendo que provavelmente eu iria ser como minha mãe que engravidara de um namorado aos 17 anos e foi abandonada, tendo que lutar sozinha para que nós sobrevivêssemos. Aquele senhor não sabia que eu tinha sonhos, queria me casar, ter filhos, terminar os estudos, ele disse que era um ciclo vicioso, eu não teria muitas chances, desabei de novo........... Esta é uma história fictícia sobre a vida de uma jovem em apuros que busca auxílio na igreja e é condenada, humilhada, julgada. Esse é um problema da igreja moderna, não é que as pessoas não estão vindo à Cristo, elas até vêm mas nós em muitas vezes as “matamos” ali mesmo dentro dos nossos templos, com palavras, com indiferença, com a falta de amor. O texto bíblico de II Crônicas 24:20-21, conta que o profeta Zacarias foi morto entre a porta e altar do tempo (ver Lucas 11:51), da mesma maneira tem agido nossas igrejas, quando não impedimos que alguém entre, estamos matando os sonhos das pessoas dentro dos nossos templos, em defesa de um evangelho barato distante da cruz de Cristo que traduz amor, perdão e misericórdia. Alguns pastores, líderes estão como os doutores da lei citado no versículo 52 do mesmo capítulo de Lucas, não conseguem a salvação por banalizar o evangelho e o pior impede que outros desfrutem da salvação. O Senhor Jesus quer que deixemos de lado nosso preconceito, nossas vãs doutrinas, para que aqueles que estão lá fora possam ser levados até a cruz. Ir ao templo não é sinal de salvação, mas se uma pessoa vai ao templo buscando ajuda e não recebe, pode ser que jamais consiga ser liberta de todos os seus problemas, não estamos aqui para excluir e sim incluir, o evangelho são as boas novas, a palavra da inclusão, todos são importantes.Nós precisamos de cura., precisamos lembrar onde caímos e voltar ao primeiro amor..........

Elisângela Ap. Santana 

1 Comentário:

Lu Siqueira disse...

Interessante o texto...
Entra a questão: Espalho ou ajunto?
Se não ajunto, espalho.
Amiga parabens pelo blog.

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